Rumo ao Alvo (Inicio: Março 2008)

sábado, 31 de maio de 2008

Vai de retro bolo

Finalmente comecei a mexer as pernocas ( e mais algumas coisinhas) com mais empenho. A alimentação está nos carris, outra vez sem stresses. A telha ali mais em baixo nem tinha a ver com comer forte e feio coisas que não devia. Tinha mais a ver com a estupidez de comer praticamente meia fatia de um bolo (trigo e leite ..só maravilhas para a minha saúde), sabendo perfeitamente que corria o risco de ficar doente. E DEPOIS de o comer é que pensei no assunto e toca de tomar logo umas coisinhas a minorar possíveis efeitos. E não é que no dia seguir fiz exactamente o mesmo?!! Mas alguém normal come uma merda que faz mal e toma medicamentos a seguir?!!! Pronto. Fiquei irritada.

É claro que se não fossem as intolerâncias alimentares tinha comido logo uma fatia pequenina e sem remorso algum, já que poucas vezes como coisas fora da dieta. Ficava a coisa resolvida. Assim, não. Andei 2 ou 3 dias louca para comer aquela coisa, que para cúmulo está longe de ser um bolo que normalmente me tire do sério. Comi que nem parva (sem fome alguma) alimentos que posso comer e mais light, mas sempre com a ideia no bolo com cobertura que tinha feito para o aniversário do meu pai. Tudo a altas horas que eu não sei ter desejos parvos a horas normais. Tem que ser antes de ir para a cama. Mas nem valeu de nada. Tinha mesmo que chafurdar na porcaria do bolo. Mas sem assumir. Ou julgam que cortei logo o pedaço que ia comer? Ná. Primeiro uma pontinha, que era só uma pontinha. Passado um bocado mais uma pontinha. E outra e outra. Quando reparei tinha ido meia fatia de bolo à vida. Na noite a seguir, tunga. Tudo igualzinho. Claro que o resultado chegou, apesar de ter que admitir que a ideia (imbecil) dos medicamentos até minorou a coisa. Conclusão: Descarregar a arfar rua fora ou maltratar a elíptica resulta melhor que comer porcarias quando se anda com a neura. Relaxa e renova a mente.

A pançola finalmente começou a abater. É que já me estava a passar. Tudo a encolher e o raio da barriga ali. Começava a ter a sensação de andar com uma bóia por cima das calças. Ninguém merece. rss Pronto...ainda ando com uma bóia. Mas mais pequena. ehehehe Até já disfarça com algumas blusas. É uma tourada para escolher a que vou vestir que a gaja já anda mais vaidosa e tem que encontrar uma que não realce a coisa. Não é tarefa fácil, acreditem. Ontem vesti as únicas calças que há 2 ou 3 semanas atrás não me estavam estupidamente largas e quando fui para apertar o fecho e botão, descobri que as vesti com TUDO apertado e nem dei conta. Conclusão: Não tenho um raio de umas calças decentes para vestir! Ou estão muito longe de me servir ou estão largas e a ganhar foles absolutamente ridículos. Tenho que ir às compras urgentemente.

Beijocas e bom fim-de-semana.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pesagem

De regresso aos eixos. Tudo certinho ontem, incluindo o exercício. Isto é, fui mais inteligente e descarreguei a fazer exercício no lugar de atacar o frigorífico. Estava a mesmo a precisar. Relax.

Acordei inchada, para não variar. Mas como a menstruação já se foi (acho) o peso não deve fugir muito disto: - 1, 400 kg. A réguinha passa aos 15 kg lost. :))

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Regresso ensonado

Hum...vamos lá ver se consigo colocar a casa em ordem. Ontem à noite foi mais aterrar no sofá. E ainda ando cheia de sono.

Vou responder às brincadeiras em breve. Shame on me ...as coisas que andam em atraso. Ó pá..distraio-me. Ando desorganizada. (ok ok sou desorganizada por natureza, mas, volta e meia, até me esforço rs). E tenho um monte de coisas para fazer.

A réguinha está quase, quase a mexer. Mas não mereço, não. Depois conto das parvoeiras nocturnas. O costume. Porto-me lindamente de dia. E volta e meia dá-me para aparvalhar a horas indevidas. Até podia dizer que são as hormonas tresloucadas e tal. Mas não. Eu é que não aprendo.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Sem tempo

Pois é..completamente sem tempo. A ver se logo à noite consigo fazer as visitinhas aos blogues do costume. Já estou a sentir falta deste mundo dos blogues light. Ajuda a manter a cabeça em ordem. Pelo menos, naquilo que é possível no meio da minha desordem. rs Mas fazer o quê?! ;)

Obrigada pelos comentários.
Papoila: muito obrigada pelas dicas.

Beijinhos

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O prazer das excepções

Domingo passado fui jantar fora. Estive quase para pedir peixe grelhado. Mas pensei, porque não uma picanha? Gosto tanto, não como há um tempo, tenho feito tudo tão certinho, porque não oferecer-me algo diferente?!

A alimentação pode e deve ser um prazer. Para isso, também é preciso diversificar. Essa conversa do temos que fazer tudo certinho, todos os dias, a toda hora, para mim não serve. Dá-me logo ganas de aparvalhar. Acho que só temos que fazer tudo certinho a maioria das vezes. De resto, viver em controle excessivo o tempo todo só alimenta a vontade de comer como se não houvesse amanhã.

Tirei a barriguinha de miséria, mas de forma controlada. Comecei com meio queijo fresco de cabra. O queijo de cabra é o único a que não pareço ser intolerante, mas tinha excluído também por precaução até estar recomposta. Aquela foi a excepção. Um presente a mim mesma que me soube pela vida. rs Perguntei ao empregado quais eram os acompanhamentos da picanha e negociei com ele as alterações necessárias. Por exemplo, pedi para vir mais couve mineira no lugar das batatas fritas. Comi também um pouco de feijão preto, farofa e arroz. As frutas para acompanhar foram em versões ao natural. Bebi um copo de vinho que me soube também pela vida. Et voilá: todo o prazer sem estragar a dieta. Se comi para emagrecer? Ná. Mas também não comi para engordar, até porque a seguir ao jantar seguiu-se uma bela caminhada.

Às vezes, tem que ser assim. Aposto que sem esse jantar, tinha passado estes dias de TPM maluquinha para assaltar a queijada que está no frigorífico (e que eu adoro) ou para provar as guloseimas do lanche de quarta-feira. Assim, nem liguei. Porque? Porque não me sinto em restrição ou sacrificada. Estou a curtir os prazeres de me alimentar de forma diferente e isso, por agora, tem-me bastado. Até já começo a duvidar se retirava assim tanto prazer da alimentação quando comia demais. No jantar de Domingo, teria comido os fritos, teria comido quase tudo o que vinha naquela travessa e teria ficado enfartada por uma série de horas. Isso teria-me dado mais prazer? Não me parece.

Sacrifício?!

O feriado de ontem foi um daqueles dias bons para a engorda. Come e dorme. Impressionante. Dormi a manhã inteira. Almocei. Uma dor de cabeça daquelas. Aguentei-me um tempo. Um analgésico e adormeci pouco depois. O gajo da casa acordou-me à hora do jantar. Obriguei-me a não adormecer depois do jantar. Aguentei-me umas horas contra vontade e consegui dormir a noite inteira. E julgam que hoje estou cheia de energia?! Tenho tanto, tanto sono. Se calhar são as hormonas tresloucadas. A menstruação veio hoje. Estou aqui a tentar convencer-me a fazer a caminhada ao final da tarde, mas só consigo sonhar com a minha caminha. Ainda vou pensar melhor nisto.

Seja como for, a alimentação prossegue certinha. Entrei numa fase em que consigo retirar prazer das minhas paparocas light, ficar perfeitamente satisfeita com as quantidades que me permitem ir perdendo peso (embora mais lentamente agora) e não me chatear nadinha por não comer o mesmo que os outros. Na quarta-feira passada tive umas amigas cá em casa. Todas as quinzenas nos encontramos para um lanche ajantarado. Desta vez, calhou em minha casa. Sempre adorei lanchinhos. Petiscos, pão, tostas, salgadinhos, bolinhos, etc. Acreditam que nem me ocorreu provar alguma daquelas coisas? Levei as minhas tostinhas de arroz integral e paio de peru para a mesa. O único cuidado que tive foi em colocar logo no prato a quantidade que ia comer, para não me distrair à conversa e comer demais. E como previ logo conversa de horas à mesa, dei-me a liberdade de repetir se me apetecesse. Coisa que nem fiz. A única coisa que fiz de diferente foi beber sumo light, já que não tenho esse hábito.

Acho que uma das coisas que contribui para esta forma mais relaxada de me relacionar com a alimentação é o facto de não viver em restrições excessivas. Raríssimas vezes sinto fome. No final das refeições estou sempre mais que satisfeita. As alterações que fiz são mais qualitativas do que quantitativas. Aliás, se contabilizar tudo o que como ao longo do dia, até como mais do que comia antes na maioria das vezes. Mas como de uma forma racional. Não como uma hora depois de ter comido, mas também não deixo ultrapassar as 2,5 (3 no máximo). Não como até abarrotar numa refeição, para depois comer uma miséria na outra. Está tudo distribuído ao longo do dia e de forma equilibrada. Também não excluí grupos alimentares, mas alterei o tipo de alimentos e confecção dos mesmos. Todas as minhas refeições de manhã à noite incluem hidratos carbono e proteínas. Mas opto pelas versões integrais (ex: arroz integral) e com menos gordura. A excepção são os peixes. Adoro peixes gordos, tipo salmão ou dourada. Mas são gorduras do bem, boas para a saúde e como-os grelhados. Tudo isto permite manter-me saciada. Se me apetece algo doce, na maioria das vezes, como bananas ou manga ou iogurtes de soja. Quanto ao modo de confecção opto a maioria das vezes por grelhados e cozidos. Experimentem cozer um frango com bastante cebola, alho e ervas aromáticas. Depois digam-me se não sabe bem. Outras vezes, cozinho em panelas anti-aderentes, uso e abuso de ervas aromáticas e especiarias, o que me permite fazer pratos saborosos, mas com muito pouco azeite(e com muito menos sal também). E claro, como muitas saladinhas, legumes e sopas durante as refeições principais. Também bebo muita água, mas isso já bebia antes, portanto não é novidade.

De vez em quando, permito-me qualquer coisa diferente. De há um tempo para cá, comecei a fazê-lo antes de surgirem os desejos e tem resultado lindamente. Permite-me comer com moderação e evitar que eles surjam mais tarde de forma incontida.

Quem disse que fazer dieta tem que ser um sacrifício desmedido?! ;)


Meninas, obrigada pelas palavrinhas de força. São umas queridas. :)) Estou meio de corrida e com esta dor de cabeça que não me deixa (raios parta as hormonas!), mas logo que possa vou fazer as visitinhas da praxe. Beijinhos

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Balança, balancinha

Bem que eu estava certa de que tinha perdido mais peso.
A réguinha vai passar ao "14 kg lost". :)))))))

terça-feira, 20 de maio de 2008

Notas soltas ou a falta de tempo para escrever

- Saí hoje com um casaco que não me servia há um monte de tempo. Há 2 ou 3 semanas vesti-o e ainda estava apertado. Hoje aperta perfeitamente e tem folga. :)) (sim, a barriga continua inchada, mas as ancas e tudo o resto diminuíu mais um bocado)

- Ontem decidi comprar um pijamita, peguei num e fui toda despachada em direcção à caixa, quando o gajo da casa me diz que aquilo era enorme para mim. Páro, coloco à frente e vejo que ele estava certíssimo. Não havia mais pequeno, vim embora sem pijama , mas feliz da vida. (estou outra vez sem noção do meu tamanho)

- Noutra loja, quis comprar uma t-shirt só porque tinha uma cor giríssima. Peguei um M (!!!!!) para depois cair em mim: Mas eu lá quero mais t-shirts?!!! No próximo Verão só vou usar blusas giras, cheias de mariquices e decotes. 'Tá dito! rs

- A festarola da barriga foi precipitada. Ao final da tarde, já estava inchadíssima de novo. Hoje compro mesmo o carvão vegetal e a salva.

- Desconfio que se não fosse a barriga e a TPM a régua mexia de novo. Faltam 200g e ando com uma retenção de líquidos daquelas. Portanto, estou contente.

- Dei-me conta de que ultrapassei a fase crítica da TPM sem desvarios alimentares, o que é um grande progresso.

Pronto. Estou barriguda, inchada, mas feliz! ehehehe

Obrigada pelos comentários. Quando puder coloco as visitinhas todas em dia. ;)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Aliviada

Querem ver que ainda tenho que dar a mão à palmatória?! rs Coincidência ou não, a barrigola hoje está um relógio. O inchaço já abateu um pedaço significativo. Quem conhece o desconforto e mal-estar de um intestino preso por dias seguidos entende bem o título deste post. ;)

Barrigão a passear no hipermercado

Em desespero de causa, comprei daquelas águinhas com fibras (ritmo luso), coisa que sempre achei uma parvoeira e um desperdício do meu rico dinheirinho. rs Acho que foi como ir às compras com fome, estão a ver?! Uma pessoa começa a enfiar tudo o que é comida no carrinho. O que deve e o que não deve. Neste caso, foi mais dor de barriga e uns folhetos com promessas de intestinos regulares.

Não é que as fibras daquelas coisas não possam ajudar, principalmente, a quem tenha uma alimentação pobre em fibra, mas, uma alimentação saudável e equilibrada, em princípio, deverá fornecer toda a fibra necessária. Faz-me mais sentido. Mas o que querem?! Foi mesmo compra de impulso.

Agora estou aqui a escrever isto, a beber a águinha com um sabor foleiro a limão e a rir-me sozinha. Vou levar com esta coisa durante 8 dias. Uma por dia. É que havia um desconto de 40 cêntimos na compra de 2 packs...ehehehe

domingo, 18 de maio de 2008

Fase Sancho Pança

A alimentação voltou a entrar na velocidade cruzeiro. Sem grandes custos. Excepto o jantar de ontem em que me apeteceu experimentar umas coisinhas com trigo e natas. Enfim, o facto de já entender que aquilo é um veneno para mim, não implica que me tenha esquecido dos meus gostos e hábitos de uma vida inteira. A questão é que, na maioria das vezes, já consigo colocar a coisa para trás das costas e sem stresses. Foi o que aconteceu. O meu jantar também me soube muito bem e resisti à tentação de me meter a fazer comparações mentais com o prato do resto do pessoal (que era muito melhor rs).

Entretanto, continuo às voltas com a figadeira e vesícula. Mas sei que tenho que ter paciência. Não se pode esperar que 2 meses e tal de alimentação certinha compensem uma catrefada de asneiradas anteriores. Agora, tenho que me aguentar à bronca e prosseguir com aquilo que sei que é o melhor para mim.

O que me anda a lixar mais são os intestinos. Pareço o Sancho Pança!!! A sério. Tudo em mim diminuíu consideravelmente. Não só pela gordura a menos, mas porque andava sempre muitíssimo inchada e agora retenho muito menos liquidos. A barriga começou por diminuir, manteve-se tal e qual de há não sei quantos kilos para cá e, entretanto, inchou mais um bocado. Pareço grávida, mas mesmo grávida, se é que me entendem. Um autêntico Sancho Pança. Como é natural, isto mexe com o meu retomado brio feminino. rss Até porque estou à espera que a pança abata para ir comprar calcinhas novas. Eu que nem era muito de ganhar barriga...:( Haja paciência. Claro que ando com o intestino preso (antes isso que as "desinterias" anteriores) e com autênticas revoluções no meu interior (gases). A alimentação tem sido equilibrada e com bastante fibra, portanto, não é por aí. Vou tentar o carvão vegetal e salva, a ver se ajuda. Depois, volto ao probiótico que tomei há uns tempos e realmente foi de grande ajuda. Se não resultar, lá vai o médico levar comigo antes do previsto.

Detesto ir ao médico e, mais ainda, gramar com a espera até ser atendida. Às vezes, são horas. HORAS! Uma pessoa quase que tem uma travadinha. Se não é da doença é da irritação da espera. E todos sabemos que a irritação faz mal à saúde e faz ganhar rugas e outras coisas chatas. rs O que me parece logo mais um argumento válido para eu não ter vontade de visitar o gajo por dá cá aquela palha. Se não fosse pelas calcinhas novas...;)


NOTA: Se alguém viu as maluquices de mensagens a entrar e sair: Sorry. Era eu a fazer experiências e saíu asneira. É o que dá meter-me nestas coisas quando já devia estar no quinto sono. rs

Voltar à forma

Ando meio desaparecida e ocupada com uma série de coisas. Mas também numa daquelas fases em que me apetece estar com os meus botões. Preciso de rever umas coisinhas comigo mesma e começar a alterar o enfoque da perda de peso para o retorno à boa forma.

Estou a precisar de estruturar um plano de exercícios com cabeça, tronco e membros. Inicialmente, estabeleci como meta melhorar a capacidade cardio-vascular, mas acima de tudo, aumentar a capacidade do meu pé e joelho (ambos com problemas) para mais tarde poder ingressar no ginásio. Não é que não o pudesse fazer desde logo, mas, sinceramente, ir para o ginásio fazer coisas como passadeira não me apetece. Para isso, prefiro fazer algo que me dê mais prazer (e grátis) como caminhar ao ar livre e treinar na elíptica à hora que me apetece ou que me dá mais jeito.

Durante este tempo, fiquei longe de cumprir a minha meta. Pretendia reavaliar a resposta do pé e joelho ao exercício quando estivesse algures entre os 70 e os 75 kg e, caso estivesse a correr a bem, inscrever-me no ginásio. Com um peso superior, o esforço é demasiado para o pé. Cada vez que me lembro do escândalo que a fisiatra fez ( é uma bruta aquela mulher rs) quando me viu com 65 ou 66 kg, isto é, no limite do meu IMC normal... Já achava uma brutalidade para um pé com tendinites. Imaginem se me tivesse posto a vista em cima com 91, 4. rs (claro que não foi por acaso que não me viu nessa altura ;) ). Portanto, pensar em apostar no ginásio algures entre os 70 e os 75 kg pareceu-me razoável. Acontece que isso implicava muito trabalhinho e persistência, a cada dia e durante alguns meses. Coisa que até aqui não aconteceu. Por um lado, a minha saúde não me tem facilitado vida. Por outro, não tenho levado a coisa suficientemente a sério e acabo por ceder à preguiça. Não é preciso ser muito inteligente para perceber que estando agora nos 78, já não vou conseguir estar como pretendia aos 75.

Nos últimos dias, voltei a fazer elíptica e a caminhar mais a sério e pude constatar que andei para trás. Tive dificuldades em coisas que há 2 ou 3 semanas já fazia com mais à-vontade, inclusivamente tive algumas dores no joelho e o pé inchou um bocado. Isto lembrou-me de algo que estou fartinha de saber: Voltar à forma exige muita dedicação, muita vontade e muita persistência. Acima de tudo, tem que haver continuidade e desejo de nos superarmos. Não pode ser de outra forma.

Acho que tenho andado demasiado centrada na alimentação e na réguinha ali acima. Acabei por me dispersar um bocadinho dos meus objectivos que vão muito para além do peso em si. Este é o momento em que preciso de me enfiar com os meus botões e repensar as minhas metas e os meus desejos para o futuro (próximo).

quarta-feira, 14 de maio de 2008

De volta aos eixos

Alimentação certinha e meia caminhada ontem. Meia porque a meio caminho recebi o telefonema de uns amigos que estavam por perto a tomar café e pronto lá foi a gaja. rs Ó pá, um deles tinha ido fazer uma daqueles exames lixados à tripa e ainda estava com a moca da anestesia. Claro que não ia perder a oportunidade de lhe ir dar umas beijocas, mandar uns dislates ao ar e distraí-lo um bocado.

Sei que tenho que voltar a levar mais a sério a actividade fisica. Acredito que é ponto essencial para emagrecer, mas também para ter mais qualidade de vida. Mas quando a interrompo em situações similares à de ontem, não fico com pontinha de remorso. Para além do mais, uma coisa já percebi, não há nada que me deixe mais nos eixos no que respeita a alimentação (e a mexer o rabo da cadeira) do que andar bem-disposta. E as pessoas de que gosto deixam-me bem-disposta.

Cada qual tem que encontrar o seu estímulo. Para além do desejo de recuperar a saúde e bem-estar, dos digitos a baixar na balança ou das roupinhas que vão ficando largas, o que me mantém estimulada é o sentimento de bem-estar. E esse surge mais facilmente se me ocupar com coisas que me dão prazer. Quanto melhor é a minha semana mais fácil é manter-me nos eixos. Mesmo a parvoeira de segunda-feira teve muito a ver com o sentir-me encafoada (nem sei se isto se escreve assim...) em casa. Primeiro, porque há vários dias que evitava andar na rua mais do que o estritamente necessário, para aliviar a carga de sinute e constipação. Depois porque, nesse dia, estava às voltas com um trabalho chato e, quando pensei em dar uma volta e ir tomar café com uma amiga para desanuviar, achei que tratar das limpezas era mais importante. O gajo da casa também está na semana em que sai às quinhentas do trabalho e acabo por ficar a noite toda sozinha. Às vezes, ainda tenho dificuldade em colocar o meu bem-estar à frente das coisas que me parecem mais responsáveis. Mas alguém ia morrer se eu deixasse o raio das limpezas para outro dia!? A ver se aprendo.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Comida 1 Marisa 0

Ontem à noite todos os caminhos iam dar à cozinha. Impressionante! Desviei as ganas de comida para alimentos mais light. Mas ainda assim comi uma quantidade exagerada de vegetais e iogurtes de soja. Não satisfeita ainda marcharam 2 tostas de arroz integral com atum ao natural. Foi até ficar cheia e acabar por me ir deitar mais tarde por causa disso. O que também é bom quando se anda com os sonos muito atrasados..

A balança estava igual, mas não devia. Os alimentos podiam nem ser muito calóricos, mas comer demais à noite nem é coisa para emagrecer ou manter o peso, nem é bom para a saúde. Comi por pura ansiedade, nada mais, o que é logo um péssimo princípio. Hoje volto às caminhadas que não há ansiedade que resista. 'Tá constipada vá agasalhada.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Anormalidades

Quem viu o surto de "dislexia" mental na escrita da palavra "perseverança" finja que não viu, 'tá? ehehehe Às vezes, dou com coisas que escrevo e nem acredito. Não sou uma pessoa normal quando durmo pouco. Não sou.

domingo, 11 de maio de 2008

A recompensa chegou

Já estava tão preparada para manter o peso por um tempo que me custou a acreditar. Hoje tive que confirmar. E lá estava. A régua vai apontar menos um kilinho. :))

Antigamente, depois de tanta maleita e com o exercício interrompido, facilmente teria pensado em deixar a dieta até me sentir recomposta. Desta vez, mentalizei-me de tal forma de que tinha que mudar a minha cabeça e fazer escolhas mais saudáveis, que nem tal coisa me passou pela cabeça. Ainda bem. Este kilito perdido é a prova de que as coisas podem correr mal, os nossos planos e metas podem ter que sofrer alterações, mas se tivermos paciência, perseverança e mantivermos uma alimentação cuidada a balança acaba por colaborar. Pode levar mais tempo, mas a recompensa aparece. :)

Para não variar, este foi mais um fim-de-semana de acontecimentos à volta do prato. Um jantar com amigos na Sexta-feira e familia a passar o fim-de-semana em minha casa com respectiva jantarada e almoçarada. E quem se portou bem, quem foi?! rss

O paladar está de volta então optei por fazer, à parte, variações light dos mesmos pratos ou similares. Por exemplo, ontem o jantar foi arroz de pato e fiz um arrozito à parte a que juntei o pato cozido, bem temperado, com muito pouca gordura e nada de chouriços. Se fica tão bom como o arroz de pato mais a preceito que fiz para eles? Nop. Mas soube-me tão bem que não imaginam. Senti que comi algo diferente do dia-a-dia, agradou-me não comer nada muito diferente dos outros e fiquei satisfeita com a minha dose moderada acompanhada de muita saladinha. Dá um pouquito mais de trabalho fazer algo à parte, mas vale muito a pena. Até porque se comesse o mesmo que eles, acabaria por ter que reduzir mais a dose para não fazer estragos. Provavelmente, mais facilmente me teria sabido a pouco do que me teria satisfeito. E ainda ia cutucar a fera (vesícula) com vara curta.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

O desejo da gula

Ontem dei comigo a esticar o olho comprido para as salsichas que o gajo da casa estava a fritar. Estava com uma carga de sinute e constipação daquelas, com pouquíssimo paladar e mesmo assim a ansiar por uma porcaria que nem me ia saber a grande coisa?! Raríssimas vezes na vida perdi o apetite por estar doente. Aliás, se começar a perder o apetite ou o paladar, até há qualquer coisinha que se aguça dentro de mim. Fico a ansiar por algo que me saiba bem. Com vontade de começar a experimentar alimentos até algo me saber a alguma coisa ou me dar o prazer sonegado. Claro que deveria saber logo que isso não vai acontecer. Mas a razão costuma comandar pouco estas coisas e a emoção diz-me para ir experimentando. Depois sinto-me idiota porque comi o que não precisava e não encontrei o que procurava.

Ontem a razão prevaleceu. O bom de começar a tomar consciência daquelas coisas que fazemos de forma não consciente é que deixam de ser elas a comandar a nossa vida. A isso se chama assumir as rédeas da nossa existência.

A caminhada foi para o brejo. Ontem foi mais sopas e descanso. Não estava em condições de andar pela rua. Chateia-me um bocado estas coisas aparecerem quando me sinto motivada para seguir em frente. Mas paciência. Quem não tem cão caça com gato. Continuo com a alimentação certinha. Hei-de ter muito tempo para fazer o resto.

Oito coisas para fazer antes de morrer

Depois de destilar a telha das maleitas, lá me decido a começar a responder aos questionários que a Estela indicou. ;) Lentamente como a minha cabeça neste momento... Tenho que repensar esta ideia de passar a só um café por dia. rs

As regras:1° - A pessoa selecionada deve fazer uma lista com 8 coisas que gostaria de fazer antes de morrer.2° - É necessário que se faça uma postagem relacionando estas 8 coisas, não importando o que seja, é necessário que a pessoa explique as regras do jogo.3° - Ao finalizar devemos convidar 8 parceiros de blogs amigos.4° - Deixar um comentário no blog de quem nos convidou e nos nossos convidados, para que saibam da intimação.

1. Acabar a dissertação de mestrado que, vergonhosamente, anda em banho maria há quinhentos anos.
2. Voltar a trabalhar na minha área de formação e poder fazer a especialização com que sonho há muitos anos (após cumprir o ponto seguinte, que o raio da formação é dispendiosa demais para mim)
3. Encontrar a estabilidade financeira, que a gaja esconde-se que se farta.
4. Depois de cumprido o ponto 3, pagar a alguém para me livrar de parte das tarefas domésticas.
5. Ter 2 filhotes. Gostava de ter um filho biológico para experienciar a maternidade em todas as vertentes: gravidez, amamentação e cuidar de uma criança desde o primeiro dia. Quanto ao segundo, tenho um desejo grande de adoptar uma criança. Por todas as implicações, este é um assunto que ainda vai estar em maturação por muito tempo até à decisão final.
6. Encontrar um equilibrio que me permita viver bem, entre fases boas e desaires da vida. Isto inclui também um peso ajustado, estável e escolhas saudáveis.
7. Viajar. Desde sempre que sonho com a ida a muitos sítios, mas gostava de começar por Africa.
8. Ser velhinha, olhar em redor, rever o passado e sentir-me feliz por ter vivido.

Acho que já vi este questionário em tudo que era blogue, por isso, vou passar a uma menina que também é nova na blogosfera light. Descobri o blogue há pouco tempo, li-o todo e achei que ia voltar muitas vezes: Lanky.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Quanto mais me bates mais eu gosto de ti

O meu corpo gosta de maus tratos..só pode! Então anda aqui uma gaja cheia de cuidados com a alimentação, a cortar no sal e tudo (para mim, bem mais complicado que cortar com o açúcar), a obrigar-se a mexer, de greve ao elevador e a subir escadinhas até ao 10ºandar todos os dias e o que é acontece?! Uma atrás da outra. Pronto...já perceberam...estou com uma carga..ui.

O pessoal aqui só me goza. Ninguém merece.
O gajo da casa até disse que me levava ao concessionário para trocar por um modelo novo. A mim parece-me que ele hoje quer dormir no sofá..

A alimentação permanece com horários certinhos e sem desaires. Ontem cumpri a caminhada, embora de modo mais ligeiro. Até aproveitei para entrar numa loja e consolar-me com uns brincos novos. Vá lá, podia ser pior...tipo interromper a caminhada e entrar na churrasqueira. Hora do jantar e aquele cheirinho...uma tortura. Pelo menos, hoje já não vou ter esse problema. O olfacto entrou em greve.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ratings?!

Alguém sabe como é que se tira esta coisa dos ratings que apareceu por baixo de cada post?
Nem faço ideia de como é que apareceu isto..rs

Adenda: Está resolvido.

Fixação

Acreditam que ontem à noite, já constipada e morta de sono, passou-me pela cabeça que o que me apetecia mesmo era um queijinho?!
Foi quase como "sinto-me tão mal, já merecia um queijinho".
Mas alguém merece comida porque está doente?!
Esta minha relação com o queijo não é uma coisa normal, 'tá visto.
Mas menos mal, já me dou conta do enorme disparate que é.
E fui mas é deitar.

Dia novo, maleita nova

Já consegui dormir umas horas de seguida.
A glicémia está no sitio, o que faz logo de mim uma pessoa totalmente diferente.
A sério, uma pessoa até renasce. rss
Entretanto, constipei-me. Pode?!
Por isso, ontem a telha era ao quadrado, já a estava a chocar.

Mas, mal por mal , constipada estou feliz.
A vesicula também acalmou.
Pelo que, hoje não tenho desculpas para não mexer as pernocas.
Fica já aqui a ver se tenho vergonha de voltar a aparecer sem o exercício do dia.
É que estas coisas da constipação dão cá uma molenguice....
Uma pessoa começa a sonhar com mantinhas e cházinhos...uma chatice! ;)

terça-feira, 6 de maio de 2008

Uma no cravo, outra na ferradura

Diálogo com o gajo aqui do lado ou o espírito motivador da malta à minha volta:

- F****, pá. Só me apetece dormir.
- Pois. 'tás mesmo com ar zombie, 'tás.
- Até me encostei no cadeirão depois do almoço. Agora é vómitos a toda a hora, acreditas?!Raios parta! Não há pachorra!
- 'Tás é toda podre
- Yah. Uma gaja não quer comer, mas tem que comer, come fica mal-disposta, não come quase cai para o lado, come engorda. Não há cu que aguente! E depois não dorme e anda para aqui com um humor de cão. Nem se diverte nem faz nada que se aproveite.
- Eu nem me levantava mais da cama..
- Pois...'tou impossível, n 'tou? Não paro de me queixar desta m*****. Até mete raiva.
- Pois 'tás...
- Yah, nem eu me aturo...a ver se ganho vergonha na cara e me calo.
- Deixa lá, pelo menos a língua ainda funciona em condições ehehehe
- Deixa lá que também tens uma língua jeitosa, tens. rs
- ehehehe
- (calada que nem um rato)
- (festa no braço) Estás com o braço mais fininho...
- !???
- A sério! Está mais fininho. Se te serve de consolo...
- rssssss

Mudança de estratégia

Estive a pensar na razão disto tudo e cheguei a uma hipótese. Talvez tenha voltado a produzir insulina a mais porque o nosso corpo quer sempre voltar ao estado anterior. Ele não entende que as banholas nos fazem mal. Só entende que tem que armazenar e quando começa a perder as reservas acha que tem que compensar. Como se eu não tivesse reservas para dar e vender. rss Portanto, vou fazê-lo entender que o seu novo peso é este, antes de me preocupar com mais perdas.

A alimentação segue da mesma forma. Há uns tempos escrevi que ia começar a reajustar as quantidades do que comia. Percebi que estava a perder peso muito rapidamente e, portanto, tinha que comer mais, entre outras coisas, para não descer o metabolismo. Fui aumentando as quantidades gradualmente até chegar ao ponto de não perceber como podia continuar a perder peso. Se eu comesse assim antes, estaria a aumentar e não a perder. Só posso concluir que o meu metabolismo começou a querer regressar a um estado normal, à medida que fui desintoxicando do trigo, lacticínios, etc. Portanto, estou a alimentar-me muito bem, não excluí grupo alimentar algum (excepto os lacticínios, que já estavam excluídos antes e que compenso comendo mais proteínas) e não faz sentido comer mais. Apenas controlar rigorosamente os horários. A agenda vai tocar a cada 2,5 horas para não me distrair.

Vou caminhar religiosamente para compensar a alimentação durante a noite. Recomecei ontem. O objectivo desta semana não é perder, mas manter o peso. Depois logo se vê. A elíptica voltou a parar até às hipoglicémias desaparecerem.

(estou aqui a resistir à vontade de destilar uns palavrões..mas isso devem ser as horas de sono em falta..vou poupar-vos da minha faceta mais brejeira ;))

Menos mal..

Afinal a balança não quis que eu mexesse na reguinha. É uma gaja porreira. rs Tinha só as tais 800g a mais. Se é que tinha ...Não consigo ter a certeza do peso. Em 5 horas e tal em que estive deitada levantei-me 2 vezes para comer. À terceira desisti e não me deitei mais. Portanto, nunca estive verdadeiramente em jejum.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Eu tenho opção

Mesmo fazendo tudo certinho, haverão sempre momentos em que o meu corpo me apronta destas. Mas serão situações pontuais. Portanto, tenho é que me focalizar naquilo que eu posso alterar de verdade: horários das refeições, a minha alimentação e a minha cabeça.

A verdade, é que eu já tinha cabeça de gorda mesmo quando era magra. Já me alimentava mal, já descontava em comida quando me sentia aborrecida, entediada, ansiosa, etc. Nunca aprendi o equilibrio. Ia funcionando a estratégia da compensação e a minha vontade em não me deixar engordar muito. Depois adoeci ( e não me refiro às hipoglicémias, essas já vinham de antes), passei também a uma vida mais sedentária por causa de uma lesão, o peso começou a subir, senti-me profundamente infeliz com um série de outras coisas que aconteceram ao mesmo tempo, desinteressei-me por tudo o que eu podia ter controlado e, mais tarde, abandalhei à séria. Na verdade, tenho que assumir a triste realidade: acabei por me desinteressar de mim mesma. O resultado está na réguinha acima. Até passei a comer coisas que antes raríssimas vezes comia, ao bom estilo de perdida por cem perdida por mil. Coisa mais idiota para se pensar, n é?

Ninguém engorda do ar, certo? O nosso corpo pode dar uma grande ajuda se decide "avariar", mas essa coisa de se engordar muito por doença costuma ser uma bela treta. Daquelas com que as pessoas se enganam a elas mesmas. Já a ouvi de outras pessoas com problemas metabólicos ou outros. A minha opinião é: pode não se conseguir evitar aumentar uns kilos (aqui a batalha pode ser mesmo inglória), mas não quando se fala em aumentos de 30 ou 40 ou 50 ou 60 kg. Isso também depende da nossa vontade, das nossas escolhas alimentares e de sermos ou não sedentários. Depende de nos esforçarmos ou não para contrariar essa tendência que o nosso corpo tem naquela altura. Posso estar enganada. talvez hajam excepções. Afinal não há regra sem excepção. Mas, a verdade é que ainda não conheci ninguém que diga que engordou porque tem problemas de saúde e que se alimente correctamente ou mexa devidamente o rabo da cadeira. No que me respeita, engordei uns kilos inicialmente, mas só comecei a engordar brutalmente no momento em que não quis saber, deixei andar e ainda passei a comer com frequência o que me apetecia e na quantidade que me apetecia.

Agora é preciso reverter o processo. E só conheço uma forma: Mudar a minha maneira de me relacionar com a alimentação e o meu corpo. É esse o meu desafio.

No último post, ofereci-me o momento da lamentação. Mas agora, acabou. De volta à luta e toca de voltar à boa disposição. Não vale a pena lamentar-me pelo que eu não posso alterar. A insulina descompensou, azar. Em pouco tempo, volta ao sitio. O resto só depende de mim e tudo o que depende de mim está nas minhas mãos mudar.

Mudar não é fácil e, como em todos os processos de mudança, emagrecer através da reeducação envolve momentos de dor e angústia. Esses momentos dão-nos a oportunidade de repensar, de restruturar e são essenciais para que possamos crescer. Para mim, R.A. representa isso mesmo: um processo de crescimento. Há momentos de angústia, mas também o imenso prazer das conquistas, de evoluir, de crescer. Aí eu posso escolher. E eu quero assumir as rédeas do meu destino. Não posso passar a vida a lamentar-me. Eu tenho escolha. Portanto, escolho, sim. Escolho mudar. Escolho viver melhor. Escolho-me a mim.

E o resultado chegou...

Pois é, hoje vi o resultado das hipoglicémias na balança. Estavam lá os 800g que tinha perdido, que ainda não tinha registado e mais 200g do último kilo que registei aqui: um kilo ganho estupidamente. Fiquei triste, confesso. Vou dar o desconto de hoje ter acordado muito inchada e, portanto, é provável que não tenha que mexer na reguinha por causa de 200 g. Amanhã confirmo.

Se tivesse feito asneiras nem hesitava. A régua saía do sitio já e nem me stressava. Mas a minha alimentação está tão certinha. Não cedi a tentações uma única vez e nem ando com grande vontade de o fazer. Portanto, o primeiro sentimento que tive a olhar para a balança foi o de que o meu corpo passa a vida a trair-me. Se não é pelo cu é pelas calças. Agora que os problemas de saúde provocados pelas intolerâncias alimentares começam a melhorar e deixaram de contribuir para o aumento de peso, o corpinho decide descompensar a insulina à séria como nos velhos tempos. Enfim...

Depois percebi que não tem sentido stressar-me por causa de uma situação pontual. É só continuar a fazer tudo certinho, lembrar-me sempre que se estar numa ou noutra refeição, pontualmente, 3 ou 4 horas sem comer pode não ser um problema para as outras pessoas, para mim é um risco grande. Portanto, não me posso distrair com estas coisas. A responsabilidade de me cuidar é minha. Tenho mesmo que me organizar e pronto. Em pouco tempo, a balança volta a colaborar.

domingo, 4 de maio de 2008

Índice glicémico dos alimentos e emagrecimento

Esta é uma boa oportunidade para falar na importância de escolher alimentos com indíce glicémico baixo quando se quer emagrecer (ou manter o peso). Em conversa com vários amigos, concluí que poucos conhecem a razão dessa recomendação e, por isso, valorizam pouco esse aspecto quando escolhem a ementa. Como estou muito cansada e também ainda meio aluada com o dito festim de insulina, deixo o tema para o próximo post. Fica aqui já para não me esquecer.

Corpo 2 vontade própria 1

Pois é, a parte boa é que o corpinho não comandou tudo. Numa situação de hipoglicémia tão resistente, o resultado normal seria comer que nem uma besta para aliviar a sensação de fome incontrolável e fazer o estômago parar de roncar mais um bocado. Isso não é a solução certa para acabar com a hipoglicémia, mas, no momento, alivia essa parte da sintomatologia e, mais ainda, o efeito psicológico que a fome descontrolada cria em mim. O outro resultado seria borrifar-me para a dieta, borrifar-me um bocado também para as intolerâncias alimentares e comer tudo o que encontrasse pela frente que realmente me pudesse dar algum prazer: alimentos favoritos, comida bem calórica, tudo com muita gordura. E tudo em quantidade desmedida. Mas, desta vez, não. Mantive-me no controlo da situação, comi muito mais do que gostaria (pouco de cada vez, mas MUITAS vezes), mas na medida adequada à situação e só comi alimentos que fazem parte desta etapa: tostas de arroz integrais, atum ao natural, paio de peru, fruta e iogurtes de soja. Percebi que, por enquanto, a minha motivação está de pedra e cal na R.A. Isso é uma excelente notícia. Sem falsos pudores, digo que me sinto orgulhosa por isso.

A má notícia é que tentar perder peso até à glicémia estabilizar por completo é uma tarefa quase inglória. Para além, da água com açúcar ou de ter que chupar rebuçados (também ODEIO rebuçados) ser contra-producente quando se quer perder peso, a actividade da insulina em demasia no sangue é antagónica à ideia. Já me posso dar por satisfeita se não engordar à conta disto.

sábado, 3 de maio de 2008

Corpo VS vontade própria

Por vezes, o meu corpo torna tudo mais difícil. Ontem chegaram forte e feio as hipoglicémias. Para quem não sabe, é falta de glicose (açúcar) no sangue. A alminha aqui produz insulina à bruta e volta e meia tem destas coisas. Passei a noite em claro, fui literalmente obrigada a comer muito mais do que qualquer organismo em estado normal precisaria àquela hora e a ingerir água com açúcar de X em X tempo até conseguir controlar a situação. Anda aqui a gaja a conter-se, a comer moderamente, a ignorar alimentos mais calóricos e depois vem o corpinho dizer que tem que mandar açúcar para dentro um monte de vezes (e eu ODEIO água com açúcar) e levantar sistematicamente para ir comer (sempre com o estômago a roncar que nem um porco) quando o que se quer mesmo é dormir. É preciso uma pachorra! E isto aconteceu porque?

1. Há uns dias falava da crise de vesicula, de me ter obrigado a ingerir parte do jantar e ter ficado bem pior depois. Se calhar, para alguns foi estranho eu dizer que até o cheiro da comida me criava náuseas e mesmo assim tentar comer. Tipo: podia ser uma boa oportunidade para a mulher perder mais umas gramitas e obriga-se a comer?! rs Eu sabia que tinha comido menos naquele dia e que tinha espaçado mais os horários das refeições porque é muito difícil comer quando até o cheiro dá vontade de vomitar. Mas eu sei que respeitar durante muito tempo o aparelho digestivo, que me diz que não estou em condições de comer, me traz facilmente outro custo maior: as hipoglicémias. Prefiro vomitar 10 vezes a ter 10 minutos de uma crise de hipoglicémia e passar 10 noites em claro agoniada do que uma em claro com hipoglicémias. Para além de que a segunda é mais perigosa. Mas com uma indisposição tão grande acabei mesmo por não conseguir me alimentar como devia. Nesse dia a responsabilidade foi do meu corpo e não minha.

2. Não tenho juízo.Na verdade, mentalmente apetece-me chamar de besta para baixo. rs Mas pronto, isso devem ser mais os nervos à flor da pele com mais uma noite sem dormir e com a glicémia ainda por estabilizar. Portanto, ficamos assim: não tenho juízo. Depois da crise de vesicula de Terça-feira acalmar tinha que ser muito rigorosa com a alimentação já para prevenir as hipoglicémias. Mas a alminha aqui é despassarada, desorganizada e desorienta-se com facilidade. Esqueci-me completamente de fazer as compras. Acabaram-se as tostas de arroz, iogurtes e mais uma série de coisas. Não consigo comprar em qualquer lado alimentos que incluam os hidratos de carbono (ou carboidratos, no Brasil) complexos -fundamentais para manter a glicémia estável - e que não tenham trigo. Entre as refeições, praticamente só comi fruta. Dia a seguir: feriado de 1 de Maio e, claro, estava tudo fechado. Nem me lembrei. Comi arroz integral nos lanches até acabar também. Sexta feira de manhã, sem alternativas, comi sopa de legumes ao pequeno-almoço. Mais umas horas sem comer até ir às compras, até porque ainda achei que havia algo mais urgente para tratar primeiro. Tinha que dar asneira.

Fica aqui a minha estupidez escarrapachada a ver se eu não me esqueço!

Lições que retiro daqui:

1. Uma alimentação equilibrada exige antecipação e organização
2. A grande maioria das coisas que nos parecem muito importantes e urgentes no dia-a-dia podem perfeitamente esperar. Cuidar de nós não é nem pode ser a segunda opção.
3. Devemos aprender a conhecer e a respeitar sempre os limites do nosso corpo

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Ser criança

O "piquitito" trouxe a Nintendo e tem jogos no PC.
Hoje de manhã comprámos um carrito do cars. Mas o que tem feito as delícias dele são as latas de atum que comprámos antes de irmos almoçar.Umas azuis outras amarelas.
Aquelas latas já foram carros, jogadores de futebol, camiões e aviões.
Todo um mundo de sonho e fantasia, aqui, ao meu lado.
Há coisa mais linda que cabecinha de criança?! :)

Quero laurear a pevide

No PC ao meu lado está um dos meus sobrinhitos emprestados.
A Pré-escola fechou hoje, por isso, vai passar o dia todo comigo.
Um dia de sol maravilhoso e este puto, que é a minha perdição, aqui.
Não me apetece fazer nenhum.
Quem dera ter 6 aninhos também...íamos já curtir para o parque infantil. ;)

Aiiiii....Que preguiiiiiçaaaaa!!! rs
Mas não descurei a alimentação. Tudo sobre rodas e sem esforço algum.
Estou em boa fase. :))

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Versão telegráfica rs

...para variar..resumo:
O jantar foi óptimo. Comi bem, mas sem abusos.
A conversa foi óptima.
Diverti-me imenso. Alimentei a alma.
Deitei-me de manhã. Acordei pouco depois.
Não estou em mim. Morta de sono. Sinto-me um zombie.

Coisas que não nos fazem bem

Não dá para esperar para emagrecer e revermos aqueles amigos que ainda não nos viram balofas e, por isso, morremos de vergonha.
Não dá para esperar para emagrecer e nos cuidarmos, passar um creme, usar uma maquilhagem ou comprar uma blusa nova.
Não dá para esperar para emagrecer e frequentarmos este ou aquele lugar.
Não dá para esperar para emagrecer e encontrarmos forças para melhorar o resto da nossa vida.
Não dá para esperar para emagrecer para voltar à vida.
Não dá para esperar para emagrecer para (re)aprendermos a gostar de nós.


Eu fartei-me de esperar.
Só quando me consciencializei de que o processo era o inverso é que consegui passar do "TENHO QUE perder peso" ao "QUERO perder peso".

Coisas que nos fazem bem

O gajo cá da casa é uma daquelas pessoas mais para o reservado. Mais para o calado também, o que nos torna logo pessoas completamente diferentes. rs Não obstante, as nossas (grandes) diferenças damo-nos bem. Com problemas como todos o casais, volta e meia com discussões, mas, no geral, temos uma boa relação. Somos amigos, companheiros, apoiamo-nos mutuamente e as zangas costumam durar pouco. Acho que faz parte dos ajustes que se têm que fazer quando começa a ser necessário gerir duas vontades para encontrar uma via comum.

Ele não é aquele tipo de homem que verbalize com facilidade os afectos. Devem-se contar pelos dedos das mãos as vezes em que eu ouvi, em 3 anos e tal de relação, o quanto gosta de mim ou mimos do género. Também nunca senti muito essa falta. Ele sempre foi muito carinhoso. Anda sempre à minha volta com mimalhices, preocupa-se com o meu bem-estar e é um beijoqueiro do pior. É a personalidade dele. Não diz, mas age e mostra os afectos à sua maneira. Não faz sentido esperar qualquer outra coisa porque eu sempre o conheci assim. Já eramos amigos há muito tempo antes de termos uma relação amorosa, portanto foi mais novidade para mim o lado dele mimalhão do que o lado mais reservado. Agora que contextualizei a situação, já é fácil perceber a minha surpresa quando há 2 dias se vira para mim (a propósito da mudança radical na alimentação e dos kilos perdidos) e diz: "estou muito, muito orgulhoso de ti". Oh pá...soube tão bem.

É bom quando as pessoas à nossa volta (principalmente, aquelas mais importantes para nós) reconhecem o nosso esforço e nos incentivam. É estimulante. Mas não devemos fazer o processo depender desse incentivo. Acho que é importante percebermos que se perdemos peso tem que ser, acima de tudo, por e para nós mesmos. Para nos sentirmos bem. Portanto, somos nós que temos que assumir as rédeas da situação.

É preciso ter atenção às desculpas que damos a nós mesmos. Aquela coisa do não vou caminhar porque o não-sei-quantos ou a não-sei-quantas não anda com paciência para me acompanhar e não me apetece ir sozinha. Ou não cuido da minha alimentação porque lá em casa há um monte de alimentos calóricos e mais ninguém tem que ou quer fazer dieta. Não vou emagrecer agora porque ando numa fase com tanta coisa para fazer e não tenho tempo para me cuidar. Etc etc etc. As desculpas são milhentas, mas não passam disso: DESCULPAS. Desculpas para não encararmos a realidade. Para não nos confrontarmos com o mal que andámos a fazer a nós mesmos. Para não assumir a responsabilidade, gerir a culpa e passar adiante.