Rumo ao Alvo (Inicio: Março 2008)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Sem tempo

Não estranhem se o blogue andar meio abandonado uns dias e não fizer as visitinhas com a mesma frequência (mas vou fazer sempre que der). Semana com a família em casa e as minhas rotinas estão meio alteradas. Tenho que compensar o trabalho que deixei mais de lado estes dias e mais um monte de coisas para fazer. Entre elas, comprar roupinha! :)))) É que até as blusas e t-shirts estão já demasiado largas. :))))

Ah! Como devo ser meio masoquista e parece que não gosto de emagrecer, ontem desbaratinei. E, como sempre, nunca sei disparatar a horas decentes, tem que ser à noite que afinal é sempre bom dormir cheia. Raios! Desde beber cerveja (um calor daqueles, todos a beberem e a parva, tunga!), a roubar uns pedaços de pão com manteiga e queijo (tudo coisas boas para a minha saúde) e, não satisfeita, ainda comi iogurte de soja e tostas de arroz com chocolate negro, em quantidade que não teria comido durante a tarde sequer, pouco antes de ir para a cama. Enfim, só asneiras. Sem stresses. Vou ganhar juízo que assim não pode ser.

Agora coisas boas:

- a minha mãe ofereceu-me um conjunto de top e casaco, ambos de malha. Olhei para aquilo e achei que ela estava doida. Aquilo ia ficar estupidamente apertado. Assenta perfeitamente, não fica nadinha apertado e é um M. :)) Ganhei a noção de que não falta muito para recuperar uma parte da roupita que levei para casa dos meus pais (é sempre o armazém, quando me falta espaço..rss) e sentir-me com um peso mais próximo do normalzito

- a pançola virou uma pancita (ehehehe), já proporcional ao resto do corpo

- ontem coloquei o pé em cima de um muro altito para apertar os ténis, coisa impensável há uns 3 meses atrás. Até colocar-me de cócoras custava mais

- sinto-me muito mais leve, mais ágil e as dores nos joelhos e costas por estar mais tempo em pé, desapareceram há uns tempos

- o meu rosto já está com todas as minhas feições de volta

Enfim, emagrecer é algo sem preço e é preciso ser muito parva para começar a deitar tudo a perder. E isso eu não vou fazer. Não há guloseima alguma que valha o nosso bem-estar. As diferenças que se vão sentindo são imensas, muitas mais do que referi acima, e valem largamente todo o esforço que se faz. Olhar no espelho e, apesar de tanto que ainda falta, perceber que as formas estão a regressar aos devidos sitios é algo que também sabe muito, muito bem. Pensar que este fim-de-semana vou à loja onde estive há uns 2 ou 3 meses atrás a comprar uma blusa p'rá minha teen linda ( a menina que me põe a estudar matemátiva volta e meia rs), comprar as blusas que fiquei a namorar, mas que me iam ficar horríveis, deixa-me feliz e motivada para prosseguir caminho. Não pelas blusas em si (que eram giras, giras!), mas por aquilo que representam. ;)

Beijinhos e obrigada pelos comentários. Sentir o vosso apoio é algo que me faz bem e ajuda muito a não desanimar nos momentos mais complicados e a levar as coisas com determinação e boa disposição até ao fim.

P.S. - Estou envergonhadíssima. Dei-me conta de que não respondi ainda a uma série de brincadeiras. Nos últimos tempos, ando de cabeça no ar. Não volto a escrever neste blogue sem fazer todas elas.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Pesagem

Menos 1 kg. Deve ser mais qualquer coisita, já que o período ainda não acabou. Mas como estou menos inchada e as diferenças são visíveis, não resisti a pesar-me. ;) Já me passou o stress do metabolismo. Com cuidado há-de voltar o sítio. Mais, ultrapassei a metade do caminho até à minha meta e isso é uma boa notícia. :)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Reintroduzir a alimentação com precaução?

Ui! Foi cá uma precaução que nem vos conto..ehehehe Foi mais com um jantar óptimo que me soube pela vida. rss Anda aqui uma gaja cheia de boas intenções e depois aparece a família que vem passar cá a semana, carregada de coisas boas. O que ia ser o jantarzinho mais simples do mundo, rapidamente passou à ideia (não minha) de entrecosto e enchidos vários grelhados. Trouxeram bananas e depois, como quem não quer a coisa, perguntam-me como faço aquela banana que estava óptima não-sei-quando. Já estão a ver o filme, né? Banana frita, feijão preto, farofa. Enfim, menu completo. Depois, enquanto preparava o jantar, começo a olhar para aqueles enchidos todos (que eu adoro) e a perceber que ia ser meio chato, depois de tanta restrição, olhar para tudo e não tocar em nada. Assumi que não comia nada de carne de porco e enchidos e grelhei um bife de vaca (de uma parte mais magra) para mim. Mas acompanhamentos foi de tudo. Não abusei muito, mas atendendo à miséria que comi a semana toda, estiquei-me mais do que devia com a banana frita e a farofa. Azarito. É que me soube mesmo bem.

Então, percebi uma coisa. O que me chateia não é um pézito fora do lugar em situações destas, partilhadas, em que saboreio realmente e curto cada pedacinho com o maior prazer. O que me chateia são os dias em que como por comer ou como porque estou em stress ou ansiosa com alguma coisa. O que me chateia é não perceber que não é preciso comer que nem parva qualquer coisa que me saiba bem. Um bocado chega, não é preciso abusar. Tenho tido mais cuidado e quando decido fazer uma refeição diferente, tenho mais atenção à qualidade do que coloco no prato na hora de decidir a porção de cada alimento. Ontem não foi bem assim. Até deixei o arroz no prato, só para tirar um bocado mais da farofa e da banana que me soube muito melhor. Não é lá uma troca muito inteligente ou saudável. Mas azarito. Não extrapolei em demasia as quantidades. Hoje estou de volta à alimentação equilibrada e aos tais cuidados na reintrodução da alimentação normal...rss Hoje eles podem comer o que quiserem, o meu jantar vai ser peixinho grelhado. ;)

Continuo com a mesma ideia: alimentar a gula antes de surgirem forte e feio os desejos, resulta muito melhor comigo. Já sei que vai ser uma semana com o frigorífico com tudo o que é tentação e com jantares particularmente apelativos. É sempre assim quando tenho cá a família. Agora não tenho desculpas para esticar o olho para as comidas alheias. Ja fiz o jantar da gula.

domingo, 22 de junho de 2008

Aleluia!

Consegui comer, entenda-se mastigar, e vislumbrar a luz ao fundo do túnel. rsss Sinto-me outra. Acho que depois de perder uma série de kg, o meu corpo não aguenta restrições deste tipo. Tive o mesmo problema há 4 anos (já com uns 68 kg, agora 75), com uma infecção bem mais complicada. Só conseguia ingerir líquidos com palhinha e abrir a boca o suficiente para entrar a palhinha era o suplício, portanto evitava até os líquidos. Tinha fome, mas não fiquei assim. Enfim, adiante. Já me sinto bem e isso é que importa. ;) A factura do trigo e dos medicamentos chegou. Barriga revirada. Mas passa também.

Percebo que emagreci mais, mas estou hesitante na reacção que devo ter. Por um lado, fico satisfeita. É o meu objectivo, portanto, se vir um bom resultado na balança, porreiro. Por outro, fico com medo de ter alterado alguma coisa o metabolismo e começo a pensar que devo ter perdido massa magra. Não preciso de descidas do metabolismo nesta fase. Estou aqui a pensar em reintroduzir a minha alimentação com precaução. Depois da restrição forçada, fico satisfeita com menos quantidade. Começar assim e, devagarinho, ir aumentando gradualmente outra vez até perceber o limite. A ver se consigo dar uma aceleradela ao metabolismo. Vamos ver se resulta... Entretanto, amanhã retomo a actividade fisica. Esta semana não fiz nenhum. Não estava com energia nem disposição alguma. Nada melhor do que retomar para acelerar o metabolismo, né? ;)

sábado, 21 de junho de 2008

Tudo é tão relativo..

Esta noite (sexta) consegui ir ao hiper que fica mais afastado e trazer as coisas que faltam ainda nos supers aqui mais perto: leite e iogurtes de soja. Só tinha conseguido encontrar leite de soja com açúcar e pouco lhe toquei porque não gosto nada daquilo. Leite, iogurte, bananas (lembrei-me à conta da Papoila) e o meu estado de espírito (e não só) mudou logo! Senti-me feliz e tudo. Claro que o ter deixado de parecer que levei um murro na cara e me doer muito menos também deu o seu contributo. Mas estava mesmo a precisar de outros nutrientes e mais calorias. A cena das bolachas na véspera também fez com que tivesse passado o dia bem melhor.

Depois lembrei-me de uma cena de há muitos anos. Tive uma hipoglicémia brava que me ia matando. Fiquei internada um tempo. Ao fim de uns dias, o meu organismo passou a comportar-se da forma mais normal possível (naquela altura falava-se pouco ou nada em hipoglicémias funcionais e reactivas). Então decidiram submeter-me a um teste de jejum de 72 horas a ver como reagia (a tentarem perceber o que se passava porque não encontravam nada nos exames que justificasse crises tão sérias). Surpreendentemente, ao fim de cerca de 40 horas sem comer (acamada)continuava com uma reacção adequada à situação e desistiram. As enfermeiras, que eram umas queridas, foram logo à copa ver se conseguiam desencantar algo para eu comer para não ter que esperar pelo horário da refeição. Trouxeram-me leite com café e pão com manteiga (as intolerâncias eram desconhecidas). Numa situação normal não teria achado grande graça. Adoro pão com manteiga se for torrado e a manteiga derretida. Senão tinha que ser com manteiga e queijo (claro rss) e/ou charcutaria. Sempre detestei leite com açúcar. Pela primeira vez na vida, meti um bocado de açúcar no leite com café por vontade própria. Não percebi porquê, mas apeteceu-me. Até hoje recordo como a refeição que mais prazer me deu na vida. Até fechava os olhos para saborear melhor cada pedacinho.

Lembrei-me disto a propósito do post anterior. Tem tudo a ver. Açúcar no leite?! Prazer ou necessidade?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Restrição e vontade de asneirar

Ontem, após ver o raiar do dia, numa noite insuportável de fome, zonzeira e dor de cabeça, borrifei-me. Não havia mais sopa que me satisfizesse. Estava cheia de sopa (maldito dente) e a fome na mesma. Foi o primeiro pacote de bolachas que encontrei. Quis lá saber do trigo! Só ia comer uma bolachinha esmigalhada. Daquelas salgadas, finas e estaladiças (característica que não apreciei). Óptimas! rs Depois de comer 4 ou 5, lá achei que podia ir com manteiga misturada. Lógica desvairada, naquela do já que estou a comer trigo e não posso, então como manteiga também. Perdida por cem perdida por mil. Comi 7 ou 8. Depois vi umas argolinhas cobertas de chocolate. Foram 2 ou 3. Podem estar certas de que se não fosse a consciência clara de que aquilo me ia fazer ficar doente, não tinha parado por ali. Não havia balança que me parasse naquele momento. Ainda fiquei a olhar para aquilo a pensar na estupidez e em como estaria hoje. Mas não me consegui arrepender verdadeiramente. A zonzeira passou, a fome também e, finalmente, adormeci que nem criança. Hoje sinto-me outra e, para além da sede estúpida e de umas manchitas leves no peito, o meu corpo parece ter-me perdoado a asneira (espero rs). Claro que abri um precedente complicado e hoje já me estou a mentalizar de forma muito clara: não posso repetir a brincadeira.

Mas isto também me deixou a pensar. Desde que iniciei esta etapa, em inícios do mês de Março, não me lembro de alguma vez me ter borrifado desta maneira para as intolerâncias. Se a memória não me falha, as asneiras supremas andaram pela metade de fatia de bolo com cobertura ou uns bocados de queijo de vaca. Asneira do ponto de vista da saúde (o bolo era mais calórico), que me stressa bem mais do que umas gramas a mais e tem resultados mais sérios e imediatos. Também não me lembro de me stressar tanto com gente a comer coisas boas ao pé de mim e com o cheiro das paparocas alheias. Até deixei de comer ao mesmo tempo que o gajo da casa, porque me incomodava a pizza ou outra porcaria qualquer que estivesse a comer. Coisa que nunca antes aconteceu. Ao ponto de até as fotos e imagens televisivas de comida me começarem a incomodar alguma coisa. Não me lembro de ter momentos com um ritmo tão acelerado de desejos e disparates a passarem-me pela cabeça. Tudo de mais calórico e desadequado que se possam lembrar, passou por esta cabecinha ao final do dia, hora em que a fome apertava de facto. Quarta-feira entrei no supermercado, morta de fome e meio zonza, para ir buscar espinafres congelados e parei a observar lasanhas, pizzas e porcarias num exercício a roçar o masoquismo. rs Nem vos conto as ideias que por instantes resvelaram por esta mente, mesmo sabendo que mastigar estava fora de questão.

Deixo isto como tema para reflexão. Nas voltas por aí, farto-me de ver alimentações mais para o restritivo. Algumas até seriam adequadas a alguém com meia dúzia de kg a mais, mas passam a ser algo drásticas para quem tem 15 ou 20 a mais e tinha um organismo (incluindo mente) habituado a uma ingestão calórica muitíssimo superior. Depois surgem imensos fins-de-semana e outras ocasiões em que se manda a dieta ou R.A. completamente para o brejo. Asneiras atrás de asneiras. E a pessoa ali, a roer-se com a culpabilidade, por não conseguir manter o regime que impôs a si mesma. Será só falta de força de vontade? Ou será também uma reacção proporcional a uma alimentação que não era a mais adequada àquela etapa?

Bem, adiante. A necessidade aguça o engenho ou as dores e zonzeira deixaram-me burra (já estou MUITO melhor). Não posso comer batata. Acho que nunca disse aqui. Falo sempre em trigo e lacticínios porque são os que me custam mais cortar e que tornam a minha vida fora de casa mais complicada. A lista de alimentos proibidos é maiorzita: batata, milho, cogumelos, etc. Mas posso perfeitamente incluir arroz na sopa e triturar. Como é que não me lembrei disto?? dah... A falta de hidratos de carbono (carboidratos) complexos é que está a dar cabo de mim, a par das poucas proteínas de qualidade ingeridas. Legumes e fruta o tempo quase todo não dá. Arre! É que não se aguenta!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Régua em andamento

Acabo de perceber a razão de eu estar tão certa de que o peso tinha baixado (ainda antes desta coisa dos dentes) e a balança dizer que não. Oh pá, até tinha reduzido 2 ou 3 furos no cinto e o raio da balança dizia que estava igual. Estava em TPM. Como é que é possível que eu seja tão despassarada com datas que estas coisas me passem ao lado tantas vezes?! Entretanto já com a dentuça avariada notei mais diferenças. Hoje acordei menstruada e inchada, mas ainda assim pesei-me. Pelo menos, um kilo eu perdi mesmo. :)) Para a semana lá confirmo o peso real. Algo me diz que a sopinha do almoço até me vai saber melhor e tudo. ehehehe

Dente, infecção entre maxilares e dieta liquida

Estava falar com uma amiga e alguém por perto decide meter o bedelho. Entenda-se, comentário em tom meio parvo de uma gaja daquelas que pouco fazem para alterar a sua sina, mas depois invejam todas as conquistas das outras: "Ah! Assim também eu! Era cá um custo...". Resposta no meu tom mais calmo e de quem não está nem aí: "Tens bom remédio! Ficas a liquidos e papinhas, entenda-se sopinhas, fruta cozida esmagada e afins. Sim, que também não faltam por aí coisas molinhas e calóricas. Olha, mousse de chocolate, por ex. Depois vens cá contar como foi e quantos kilos perdeste". Escusado será dizer que o tom mudou num instantinho: "Pois...deve custar um bocadinho...". A sério, se mais alguma alminha me faz um comentário destes, com as ganas de comida com que eu ando, ainda disparo alguma mázinha. Isto porque até sou uma gaja pacífica e pouco dada à violência. Com a fome com que estava, enquanto tudo comia o seu belo lanchinho, até estava capaz de lhe enfiar com a garrafa de água no alto da pinha. rss

(Dá logo para perceber bem porque é que as dietas brutas não funcionam muito bem ao fim de um tempo, n é? Nem fotos de comida eu consigo mais ver com naturalidade. Stressam-me. rss)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Fixei no tema "gula"...raios!

Não acho que tenhamos que ser as rainhas do auto-controle, por isso mesmo, não me fiquei a cobrar a história do queijo (pura gula, nada mais) ou outras que já passaram por aqui. Uns dias fazemos a coisa certa, noutros asneiramos. Até acho natural ter vontade de comer coisas que nos dão prazer. E se o prazer está numa bela pizza ou num chocolate ali a jeito, nada mais natural do que ter vontade de os comer. Se o dia foi mauzinho e a vida nos está a correr mal, mais natural ainda o desejo de buscar esse prazer. Se estou ansiosa, se percebi que comer me alivia a ansiedade e me habituei a responder dessa forma à ansiedade, nada mais simples do que comer quando estou ansiosa. Difícil é reflectir esses momentos, tentar perceber o que me leva a abafar sentimentos com comida e "reeducar-me" para criar estratégias e respostas mais adequadas a esses momentos. Como qualquer animal temos a tendência ao funcionamento mais simples do mundo: procurar o prazer e fugir do desprazer e sofrimento. Mas também somos (muito) mais complexos do que isso e a grande questão é que nos cabe a nós escolher. Não podemos ter tudo. Ou bem que comemos tudo o que nos apetece e quando nos apetece ou bem que (re)conquistamos um corpo saudável e giro. Sim, giro. A brigada do politicamente correcto chateia-se um bocado com esta ideia de se querer emagrecer aspirando à beleza. A saúde é que importa. O raio! Quero ser saudável, sim. Mas também quero voltar a ter formas no devido sitio, a vestir tudo o que é roupinha e a sentir-me um must nelas. E acho isso a coisa mais natural do mundo. Aliás, até acho desejável. Há coisa mais triste do que o desinteresse por nós mesmas? Ah e o interior é que importa e tal. O raio! Quem diz este tipo de coisas das duas uma: ou defende-se e tenta negar uma realidade que é angustiante (não me venham com tretas, ninguém gosta de estar balofa) ou nunca esteve verdadeiramente gorda na vida.

E se alguém teve a paciência de ler isto tudo (estou centrada no tema, pronto) e chegou até aqui (rsss), as minhas desculpas pelo silêncio dos últimos dias. Nem aos e-mails respondi. Shame on me. Ando possuída. O dente do siso criou abcesso, tenho uma ferida na articulação entre os maxilares e mastigar é apenas uma doce memória na minha vida. rss Ainda poderia estar contente a apreciar o resultado na balança. Mas pareço um balão. Um balão esfomeado, claro. A porcaria dos medicamentos têm lactose e outros mimos. Inchada, cansada, sonolenta e rabugenta. Foram assim os últimos dias. Nem me animei a saltar para a balança, tal é a retenção de liquidos. Ainda assim, perdi a conta às ideias parvas que já me passaram pela cabeça e que meti (a custo) para trás das costas.. Tipo picar chocolate e deixar derreter na boca ou, como não poderia deixar de ser, comer queijo daqueles bem molinhos e amanteigados (os meus favoritos), entre muitas outras coisas. Enfim, esta cabeça não pára. Tivesse eu tamanho empenho e criatividade com a dissertação de mestrado e já estava mais que pronta.

De volta ao post anterior

O último post não tinha como objectivo menorizar as situações reais de compulsão. Muito antes pelo contrário. Só acho que não podemos denominar indiscriminadamente de compulsão cada ataque de gula. Há um tempo atrás estive numa festa de aniversário e uma amiga/conhecida de há anos, que sempre foi muito magra e agora está gorduchita, depois de comer de tudo e na quantidade que quis, lá se lembrou da balança e saiu-se com esta pérola: "ai esta minha compulsão...". Minhas queridas, aquilo a que assisti não foi garantidamente um "ataque" de compulsão. Pelo contrário. Foi alguém que saboreou nas calmas cada pitéuzinho até extrapolar largamente os limites. Coisa que eu poderia perfeitamente ter feito também, se não estivesse naquele momento muito motivada para me cuidar. A diferença é que se eu tivesse comido assim (coisa que fiz milhentas vezes) teria assumido a gula sem qualquer pudor. Não que o assumir tivesse o poder, por si só, de me conter atempadamente em situações subsequentes. Mas o não asssumir é o primeiro passo para nos desresponsabilizarmos dos nossos actos. Sempre que colocamos as razões das nossas condutas em algo externo a nós ou à nossa vontade, acabamos mais facilmente por assumir posturas mais ou menos passivas. Voltando à questão "compulsão", até é uma questão a que sou bastante sensível, acho importante que as pessoas falem no tema sem tabus, que percebam que não é vergonha nenhuma procurar ajuda profissional e que psicoterapia é algo de muito positivo e não algo reservado a "fracos da cabeça" ou "malucos" (como algumas aves raras continuam a achar, em pleno sec. XXI). Longe de mim criar a ideia de que estaria a menorizar situações que são sérias e dolorosas. Agora há também que distinguir um ou outro episódio compulsivo pontual, motivado, por ex, por uma alimentação extremamente restritiva (que coloca corpo e mente em alerta) de uma situação que é habitual, foge sistematicamente ao controlo e cria sentimentos de angústia, vergonha e culpa.

Até acho que tenho uma noção relativamente clara do que é sentir a falta de controlo (bem diferente da pura gulodice) que leva a devorar (quase) tudo indiscriminadamente que nos aparece pela frente. No geral, quem produz insulina à bruta e atinge níveis de glicose no sangue, por vezes, excessivamente baixos, tem uma ideia do que é sentir-se assim. Acontece uma vez por outra. No meu caso acontece volta e meia pós-crises de hipoglicémia mázitas. Ocorrem-me inúmeras situações sucedidas. Por ex, o dia em que dei cabo do estoque de bolachas em casa dos meus tios ou o dia em que devorei as tabletes de chocolate branco de um amigo com quem partilhei casa durante algum tempo. Tudo durante a noite e após o ataque aos salgados. Até costumo ser uma gaja mais educada do que isso...principalmente, com aquilo que não me pertence. No dia a seguir, fui comprar tudo para repôr, o que não me livrou do sentimento de embaraço. Mas o que torna ambas as histórias realmente significativas é que não gosto daquelas bolachas e sempre detestei chocolate branco. Nunca fui capaz de o comer. Só mesmo um desejo para lá de absurdo de devorar porcarias e comer doces, me poderia fazer comer tais coisas (na ausência de outros doces de que gosto) e com tamanha rapidez e voracidade. Perdi a conta às vezes em que aprontei coisas do género. Recentemente, queixei-me aqui 2 ou 3 vezes das hipoglicémias mais saturantes dos últimos anos. Melhorei e voltei a piorar, mas perdi a paciência para voltar a falar nisso. Foram vários dias bem complicados. Tive dias absolutamente contidos e momentos em que tendi a extrapolar as quantidades habituais, mas mantive-me no tipo de alimentação que decidi que ia ter. Em alguns momentos, o mesmo desejo e aquela ansiedade bruta estiveram lá, mas também a consciência de que ceder era uma escolha minha e que ceder só iria piorar a forma como me sentia.

Bem diferente é quando a pessoa não é mais capaz de efectuar escolhas ou não se sente minimamente capaz de escolher porque sente não ter qualquer comando sob a sua vontade. Isso acontece com as verdadeiras compulsões, sejam por comida, jogo, sexo, etc. Aí, a melhor saída é mesmo procurar ajuda. Cada um de nós merece o melhor de si mesmo e temos sempre que acreditar que merecemos uma vida melhor e feliz. Mesmo quando a nossa cabeça parece nos atraiçoar e a visão toldada pela angústia e depressão nos faz pensar o contrário.

sábado, 14 de junho de 2008

Gula Vs compulsão

Estava aqui a pensar que hoje em dia raramente se assume a pura gulodice. Fala-se em compulsão ou em compensação. Na verdade, o facto de se usar a comida para preencher o vazio, para aliviar a ansiedade, para afogar tristezas e frustrações é muito comum, mas per si, não faz do episódio uma compulsão no verdadeiro sentido do termo. Pode chamar a atenção para as dificuldades emocionais que estão por detrás do uso e abuso da comida, pode mostrar alguma falta de controlo dos impulsos, o passar à acção no lugar do passar à mentalização (coisa bem própria das dependências), mas não se trata automaticamente de uma compulsão. Por outro lado, convinhamos, a maioria de nós, até usa a comida como compensação com frequência, mas há situações em que o que está na mesa connosco não é nem angústia nem ansiedade, é pura gulodice e vontade de comer. A cena do queijo foi gula pura e dura. Adoro queijo e ponto. Foi uma atitude irreflectida e pouco inteligente, já que se tivesse pensado um bocadinho no que estava a fazer tinha percebido que preferia manter uma alimentação saudável e ver os digitos a baixar do que atacar o queijo sem dó nem piedade. Mas comi-o e soube-me muito bem. Soube-me bem porque sempre fui gulosa e queijo sempre foi o meu alimento favorito. Tal como muitas meninas comem chocolate porque são gulosas e adoram chocolate. Às vezes, é preciso chamar as coisas pelos nomes.

O uso e abuso de termos que se referem a condutas automatizadas, que pouco ou nada têm a ver com o paladar dos alimentos (o que importa são os alimentos que no momento estão disponíveis mais que o sabor dos mesmos- até mesmo pela voracidade e rapidez com que são ingeridos), incontroláveis (só pára quando mal-estar não permite continuar), contra-vontade, muito dolorosas e que necessitam de ajuda e acompanhamento profissional, como acontece na compulsão (no real sentido do termo), não será também uma forma (mal) camuflada de nos desresponsabilizarmos? Dizer que tive um episódio compulsivo e devorei o queijo não é bem a mesma coisa que dizer que cedi à gula e devorei o queijo, pois não? Descarregar a ansiedade no queijo (caso estivesse ansiosa) também não significaria necessariamente que não tivesse capacidade para conter o impulso e descarregar (ou numa atitude mais evoluída, resolver) a ansiedade de forma mais construtiva, significaria apenas que tinha seguido o caminho a que me habituei e que me foi mais fácil. Confrontarmo-nos com os nossos próprios sentimentos e dificuldades custa mais.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Queijo no poder!

Um dos dentes do siso começou a chatear pela manhã e aqui a Chica Esperta lembrou-se de tomar voltaren sem sequer olhar para a caixa. À tarde iniciou-se uma passeata do PC ao WC que nem vos conto. Não é que o voltaren tem lactose?! Nunca mais aprendo. Ao final do dia, fui às compras e toca de espreitar as novidades todas, sempre à coca de coisas diferentes que eu possa comer. Encontrei creme de queijo de cabra para barrar. Comprei com a ideia de comer excepcionalmente (pareço tolerar bem, mas ainda não é completamente certo) e sem abusos, para desenjoar. Cheguei a casa feliz da vida. A simples ideia de comer queijo ou algo que se pareça com queijo tem logo o poder de me deixar com um sorriso de orelha a orelha (cabecinha gorda...). Toca de abrir a embalagem com a intenção de provar, quando me ocorreu que li rótulos de tudo menos daquilo. Sempre gostava de saber quem foi a alminha que decidiu juntar leite de vaca ao queijo de cabra!!! Grrrr..

Afoguei a mágoa num queijinho de cabra que também era para comer "muito de vez em quando e muito moderadamente". Estão a ver? Até tinha decidido que ia jantar peixinho cozido e comer uma rodela pequenina como sobremesa. E o que é que foi o meu jantar? "Acidentalmente", um bocadinho de queijo daqui, tosta de arroz dacolá, mais um iogurte de soja que também era novidade e eu só ia tirar uma colherzita para provar....hum..é bom...paciência, como menos ao jantar e o iogurte marcha todo. Soube tão bem...'bora repetir a dose de tudo. Depois, esquece lá os iogurtes e agarra mas é na tosta com queijo, já vais cozer o peixe (não perdi a ilusão). Um último bocadinho de queijo. Agora este é que é mesmo o último. E lá lá lá. No final do repasto, nem percebi porque estava cheia....Lá olhei melhor para a mesa, convicta de que não se justificava. Eis o veredicto: Em três tempos, esta boquinha santa desapareceu com mais de metade do queijo de cabra (daqueles em rolo)!!! Ainda por cima, aquilo é pouco gordo, é. Eh pá, vim eu do supermercado a pensar que comecei a notar algumas diferenças no meu corpo e que a balança devia estar para me dar boas notícias. Depois deixei o cérebro do lado de fora da porta, só pode!

Adenda: A minha mente registou qualquer coisa como mais de metade...mas afinal, foi mais o queijo praticamente inteiro. Ó p'rá negação...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Sem tempo

Não estranhem a falta de notícias e comentários nos vossos cantinhos. Estou de corrida. Sentido figurado é claro...rs Mal tenho tido tempo para me coçar quanto mais para me exercitar. ;) Já previa a semana meio confusa, entre trabalho, familiares em casa o fim-de-semana, arrumações e outros compromissos. Mas depois, passar um monte de horas a explicar matemática a uma das sobrinhitas "emprestadas" não ajudou nada. Ser tia, mesmo que emprestada, é fogo. rss Volta e meia lá ando eu a rever equações, casos notáveis e afins. Ninguém merece! rs Hoje ainda queria ver o jogo da selecção (17H!?? raio de horário! Acho que vou perder a primeira parte.) e tenho um jantar de aniversário de seguida (e quem é que vai comer peixinho, quem é? ;)).

Fiz folga na dieta este fim-de-semana. Soube-me tão, mas tão bem. ;) Não aparvalhei completamente, mas relaxei: comi coisas como arroz de pato, bebi vinho e ainda me lambuzei numa das refeições com mousse de chocolate (feita por mim e adaptada, mas ainda assim, calórica, claro). Já estava a entrar na fase de me começar a aborrecer. Não tanto pela alimentação que tem a ver com a perda de peso e mudança de hábitos. Essa não me chateia nada no dia-a-dia, até porque incluí uma série de coisas de que eu gosto mesmo, como grelhados, saladas, sopas ou arroz integral. O que começa a chatear (novamente) são as restrições decorrentes das intolerâncias alimentares. Coisas como o pequeno-almoço e lanches estão a começar a ser monótonas. Não posso comer quase nada, acabo por comer sempre as mesmas coisas. Será possível que mesmo charcutaria tenha (quase) tudo que ter trigo e/ou lactose?! Depois, o facto de eu não gostar de doces (tipo compotas light e afins) não ajuda. Acabo por comer sempre tostas de arroz com paio de peru (o único que encontrei livre de trigo e lactose) ou atum ao natural. Senti mesmo necessidade de abrir uma folguinha noutras refeições (e alimentar a gulodice)antes que o cansaço vire aversão mesmo. Pelo menos, até recolocar a cabeça em ordem. Entretanto a alimentação voltou ao normal. Ah! A balança está na mesma, o que atendendo às circunstâncias é muito bom.

Beijinhos e obrigada pelos comentários. ;) Lá para o final da semana, faço as visitinhas (espero).

sexta-feira, 6 de junho de 2008

(Re)adaptação

Cheira-me que não vou emagrecer nadita esta semana. Nem sei se não vou engordar alguma coisita. Mas não estou nada ralada com isso. Quando percebi que estava a emagrecer demasiado rápido fui aumentando as quantidades do que comia até abrandar o ritmo. Agora, o que não me falta é por onde cortar. No exercício então, o que não me falta é por onde aumentar. rss Portanto, tenho ainda muitas cartas na manga e isso faz com que não me sinta particularmente ansiosa com paradas na balança ou até mesmo com ideias de peso plateau e afins.

De há dias para cá, as mesmas quantidades ou similares têm-me deixado cheia. Como ando um bocado indisposta, ainda coloquei a hipótese de ser mais uma daquelas crises de vesicula mais chatas a iniciar (com a sensação de enfartamento). Mas pareceu-me também que estaria a ultrapassar as minhas necessidades calóricas. Afinal, sempre são menos 15 kg para transportar. É natural que as necessidades do meu organismo sejam agora menores do que eram há umas semanas. Seja como for, tinha decidido que ia esperar para a balança parar ou quase parar para decidir como reduzir. Não vou apanhar nenhum comboio, posso perfeitamente esperar mais um tempinho para ver os digitos a baixar (apesar de estar mortinha para me ver na casa dos 60's rs). Digamos que é uma forma de tentar evitar descidas do metabolismo por criar mais restrições do que o necessário a cada etapa. Afinal, ainda faltam muitos kilos para a minha meta e sabemos bem que os primeiros são sempre os menos complicados de abater. Não me faz sentido queimar todos os cartuchos no início.

Dentro da mesma lógica, estou aqui a pensar que faz sentido reduzir algumas das refeições, mas, se calhar, não o suficiente para garantir perdas de peso. Apenas o suficiente para não me sentir cheia. Na verdade, custa-me menos cortar na comida do que encarar o exercício com regularidade e empenho. Uma vergonha, eu sei. Mas é a mais absoluta verdade: Sou preguiçosa e não tenho vergonha na cara rss Ah! E, volta e meia, sou burra também: quando me mentalizo e me esforço, o exercício sabe-me bem e, mesmo assim, custa-me sempre dispôr-me a isso. Há sempre um "Oh. estou aqui tão bem" ou "e se fosse mais tarde?" ou "hoje estou mal-disposta e se ficasse para amanhã?". Enfim, é uma luta (idiota) comigo mesma. Mas como também não sou burra a tempo inteiro, acho que nesta etapa faz muito mais sentido mexer-me mais do que comer menos. Trabalhar para dar uma aumentada no metabolismo no lugar de arriscar a descê-lo é melhor pensado. Agora vou dormir sobre o assunto a ver se me consigo convencer.

Toparam? A expressão de gaja molengona? Vejam lá se a gaja aprendeu a dizer : "agora vou ali para a elíptica pensar" ou "vou caminhar sobre o assunto" ou, qui çá , "vou ali levantar uns pesos, dar uns pulos e esfalfar-me enquanto penso nisto". Ná. O que está dar é: "vou dormir sobre o assunto". E agora até vou mesmo que já é tarde. ehehehe

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A tal surpresa

Ontem o meu pai ligou a dizer que tinha havido um problema e só podiam fazer a entrega hoje. Fiquei possuída. Mais uma dia naquela curiosidade...ninguém merece! rss E o que era? o que era? Nem queria acreditar quando vi 2 caramelos a entrar com a caixa. Uma televisão LCD fantástica!!! 'Tou doida!!!!! :))))))))))))

Já lhes liguei a dizer que nunca mais se livram de mim. Na próxima encarnação, se me derem a escolher, vou querer ser filha deles outra vez! ehehehehe

Coisas que me custam a entender

Um desses dias, a navegar por aí, dei com uma menina nos primeiros anos da adolescência e que aderiu a um daqueles desafios de cortar os hidratos de carbono depois das 18h. A alimentação que ela postou (de manhã à noite) está um sacrifício de dar dó. Não estranho nada a opção. Nessa idade queremos tudo num ápice. Eu tenho idade praticamente para ser mãe dela e passo a vida a lutar contra o desejo de querer tudo para ontem e obriguei-me, literalmente, a aumentar as quantidades para desacelerar a perda de peso e não descer o metabolismo logo nos primeiros kilos. A tentação de ver os digitos a descer rapidamente na balança é bem grande. Eu sei. Mas também sei que a médio/longo prazo fica mais difícil perder peso, atinge-se pesos plateau com mais facilidade, tem que se reduzir cada vez mais e fica muito difícil manter a alimentação de faquir depois de atingir a meta. Grande parte das pessoas com excesso de peso conhece bem este processo. Já o viveu antes. Desta vez, decidi que ia fazer a coisa esforçando-me para usar a razão mais que o desejo de emagrecer rápido.

Sinceramente, estranho que mulheres da minha idade ou similar (com idade para ter algum juízo) lhe dêem a maior força e lhe digam para continuar, que assim é que vai bem. Porque é que eu, com 34 anos, perdi 15 kilos a alimentar-me bem e com hidratos carbono de manhã à noite e uma menina tão novinha, com IMC normal, em idade de crescimento e com o metabolismo correspondente tem que ter uma alimentação tão restritiva?! Como é que vai ficar o metabolismo? Como é que ela vai manter aquela alimentação depois? Não comentei na altura, mas fiquei com isto atravessado. A sério que fiquei. A única coisa que me consola é pensar que naquela idade talvez o metabolismo aguente o tranco sem grandes sanfonas depois.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Comida VS exercício

Andava aqui com uma coisinha a remoer-me a mente. Bem tentei afastar daí a ideia, naquela do não há nada a fazer a não ser esperar, mas, lá no fundo, aquilo andava tipo mosca chata. Estão ver? Uma pessoa abana-se, dá uns safanões, uns tabefões ao ar e tenta concentrar-se numa tarefa qualquer, mas o raio da mosca vai pousando. Aquilo valeu-me boa parte dos stresses em que me apeteceu assaltar o frigo a horas indecentes. E, finalmente, valeu-me umas caminhadas à séria (daquelas em que a dificuldade é em abrandar o ritmo e voltar para casa) e uma neuras descarregadas na elíptica. Acreditem que resultou MESMO melhor.

Comer não resolve coisa alguma. O exercício também não, mas relaxa, alivia efectivamente a ansiedade, melhora o humor e ajuda-nos a ter mais serenidade para enfrentar os problemas e/ou dificuldades e buscar soluções. Sempre é uma opção mais construtiva e saudável que comer porcarias ou comer demais. Enfim, não deixa de ser uma forma de sublimação, mas ninguém é de ferro para conseguir estar sempre acima de problemas, angústias ou ansiedades. Portanto, há que criar estratégias construtivas para aliviar a coisa: sair, passear, ouvir música ou qualquer outra tarefa que possa ser prazerosa ou então descarregar mesmo. Exercício descarrega. Só tenho pena de estar tão fora de forma (completamente!) que não posso descarregar à séria.

Seja como for, já encontrei uma solução para o que me andava a tirar do sério. Saíram-me quinhentos kilos de cima (trocadilho jeitoso...ehehehe). Eh pá, agora estou aqui a remoer-me, mas de curiosidade. Um telefonema a avisar-me para estar em casa impreterivelmente ao final da tarde. Bem tentei saber o que era, mas levei logo com um 'nem penses, depois vês'. Só consegui saber que é uma encomenda. Coisas dos meus pais...Estou farta de dar voltas à cabeça e não consigo imaginar o que seja. E olhem que eu tenho uma imaginação bem fértil. rs Estou mesmo, mesmo roída de curiosidade. Até já ía um chocolatinho e tudo....brincadeirinha! Não vou comer nadita. ;) Enquanto espero vou mas é acabar um trabalhito e dar um giro na casota que bem precisa.

Nota: Eu dizia ali em baixo que a ideia dos medicamentos foi imbecil não necessariamente para sofrer os efeitos da asneirada. mas porque não me pode nem passar pela cabeça que posso comer algum dos alimentos a que sou intolerante e que não tem problema porque é só tomar isto ou aquilo para abrandar os efeitos. É um péssimo princípio. Até porque o mal que faz continua lá, mesmo que os sintomas sejam menos intensos.

Mais tarde dou uma passadinha pelos blogues. ;)