Rumo ao Alvo (Inicio: Março 2008)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Restrição calórica e metabolismo

Estou em guerra com as hormonas: redzone daquelas. Aiii! Dói-me os ovários, estou inchada e com um humor que já teve dias melhores. rs Como o gajo não está aqui para me aturar, aturam vocês. Descarreguei. Ufff! rsss Odeio sentir-me inchaaadaa! Mas o peso está na mesma, o que me faz pensar que devo ter emagrecido alguma coisita. Estava à espera mais de aumentar o peso do que de descer. Mas adoro enganar-me assim. rss

Continuo com um pé (grande) fora da dieta. Desde comer maple syrup à colher às tantas da noite a ir para os copos com as amigas, foi de tudo que me lembrei. Acho que o que vai salvando a situação é que, de há tempos para cá, distraidamente comecei a comer menos às refeições. Não por ter decidido racionalmente fazê-lo, mas porque passei a ter menos fome mesmo. Já antes isto tinha acontecido. Vou perdendo peso e ao fim de uns bons kgs, começo a não conseguir comer as mesmas quantidades a cada refeição. A refeição que faria há uns 3 meses e me deixava satisfeita agora deixaria-me enfartada. Até acho natural. À medida que o peso baixa as necessidades calóricas do organismo também diminuem. Sinto que o mecanismo de auto-regulação do apetite recomeçou a funcionar. Mas também acho que isto só é possível quando nós próprias não desregulamos os mecanismos de saciedade e fome e o próprio metabolismo assumindo restrições a mais em cada etapa de perda de peso.

Esta semana estive com duas amigas minhas em circunstâncias diferentes e fiquei a pensar nisto. A F. engordou 8 kgs e está de dieta. Está no limite do IMC normal. Foi à nutricionista, está com um plano de cerca de 1600 calorias e caminha diariamente. A M. tem mais de 40 kgs a perder, assumiu uma dieta de 1300 calorias e quer ir ao ginásio 2 horas por dia. Sou só eu ou há algo que não bate certo aqui? Quanto é que apostam que daqui a uns meses a M. terá dificuldades em prosseguir com a perda de peso? É que as necessidades calóricas da F. são bem menores do que as da M. No entanto, a restrição calórica da M é a maior. A própria M. tem necessidades calóricas superiores agora do que tinha com menos 20 kgs e maiores ainda do que tinha com menos 40kg. Mas pretende fazer tudo igualzinho ao que fazia muitos anos atrás com 40 e tal kgs a menos e engordava um bocadito.

Eu falo nisto aqui porque este foi um aspecto das dietas com que tive que me auto-confrontar quando decidi que ia voltar ao meu peso antigo e que ia acabar com as dietas de vez. É que perder algum peso não é o mais difícil. O que é difícil é conseguir fazê-lo com equilíbrio, mantendo uma perda regular, sem grandes montanhas russas pelo meio e chegar ao final com possibilidades de manter o peso sem viver tipo faquir. Até porque convenhamos, o que é que nos faz pensar que passamos de um tempo em que comemos o que nos dá na real gana até ficarmos balofas, para um outro com um auto-controlo fora do normal que nos vai permitir comer quantidades de comida diminutas para manter o peso? Sim, porque é isso que acontece no momento em que tivermos que nos ver gregas para perder os últimos kgs e depois gregas para manter o peso em virtude do metabolismo lento que se conquistou. Foi preciso entender isto, rever os tempos de sanfonas, para perceber que temos que criar restrições calóricas sim, mas moderadas. Quanto menor a restrição a cada altura, maior a probabilidade de manter o metabolismo a funcionar sem grandes alterações de ritmo. E esse é um grande trunfo quando se quer perder muito peso e mantê-lo depois. Aliás, se assim não fosse, a esta hora estava aqui a chorar-me por ter aumentado de peso com tanto disparate que fiz estes dias. Não duvidem que estas brincadeiras anos atrás tinham-se reflectido e de que maneira na balança. Mas eu vivia num engorda e emagrece à conta de dietas restritivas. O meu metabolismo era uma desgraça e a guerra entre os 60's e os 50's era constante. Não duvido que isso contríbuiu muito para engordar mais tarde brutalmente e em tempo record.

P.S. - Estou com pouco tempo até porque vou para fora amanhã e tenho tudo para preparar ainda. Mas vou tentar vir cá mais tarde e meter as visitas em dia. Ando uma desnaturada, é o que é. ;) Fase complicada por aqui. Beijocas

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

De volta

Com uns dias de atraso, mas de volta. ;) Até ao final do ano vou ter que me disciplinar e escolher um dia ou 2 para andar por aqui e actualizar as visitas. Tenho que me dedicar à dissertação e outras coisinhas. O tempo urge. ;) Quanto a novidades, não tenho muitas. Tenho andado sem pachorra para dietas e tenho comido sem grandes preocupações ou esforços para acelerar resultados. Volta e meia tenho estas fases. Nas últimas semanas fiz pausa nos exercícios porque consegui empenar de N maneiras diferentes. Um dia porque me inclinei na cadeira para me levantar e a cervical marou. Depois andei coxa e nem percebi o que aconteceu ao pé. Está uma gaja porreira da vida, em pé, a mexer um risotto e quando vai para se mexer ..tunga! Uma dor daquelas e mal consegue andar. E nem sequer dei conta que tenha pousado mal o pé. Mistérios das tendinites. rs Entretanto, quinta-feira acordei com uma dor na articulação superior da perna. Mal me mexi nos 2 dias que se seguiram. A dor diminuíu, por isso, espero amanhã já conseguir fazer alguma coisa com os exercícios, ainda que em versão soft. Já sei que não posso parar muito tempo, sem que se instale um amor renovado ao sedentarismo. rss Sou uma gaja paradoxal, é o que é. Faço exercício, gosto e entusiasmo-me. Não faço dá-me uma preguiça que quanto menos faço menos me apetece fazer. Portanto, o melhor é nem permitir que a preguiça se instale mais do que a conta.

Apesar da falta dos exercícios e das festas alimentares, perdi mais um kg e vou actualizar a réguinha. :)) A única explicação que encontro é que a opção de aumentar as quantidades do que comia até perceber onde pararia de perder peso e reduzir só um pouco de cada vez, foi uma boa opção. O meu metabolismo ainda não desacelerou, apesar dos 21 kgs perdidos. A outra é que a alimentação cuidada no dia-a-dia tem os seus efeitos. Acredito que mais importante do que contabilizar calorias é escolher alimentos que ajudem o nosso organismo a funcionar bem e fazer refeições a intervalos curtos e regulares. Convenhamos, podemos fazer uma refeição de lasanha com o mesmo aporte calórico de outra com sopa, salada, bife grelhado e arroz integral. Mas no segundo caso, o aparelho digestivo vai funcionar melhor, a saciedade vai-se prolongar por mais tempo e ainda podemos comer maior quantidade e não ficar com o sentimento de restrição. Só vantagens. rs

Tenho estado a actualizar as leituras e depois colocarei os comentários em dia. Beijocas